Eles são da classe média baixa e sobrevivem por meio de trabalhos informais. Não tiveram acesso a uma graduação nem sequer um nível considerável de escolaridade. São em sua grande parte analfabetos e buscam o direito à moradia que lhes é assegurado por lei. Trabalhadores que lutam por uma condição de vida digna. São os “sem-teto”.
Segundo a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE), cerca de 18.000 pessoas hoje moram na rua em São Paulo. Destes, 84% são homens com idade média de 40 anos. Com o fim de amenizar essa situação, foi criado o MTST (movimento dos trabalhadores sem-teto) que conta com a colaboração de muitos profissionais para funcionar. Suas ações acontecem em datas previamente estudadas e consistem em ocupar prédios abandonados na cidade. Estes são prédios privados que não estão ativos e que não estão propensos a desabamentos.
O movimento que cresce a cada dia na cidade de São Paulo tomou grande dimensão quando começou a ser organizado e difundido.
Seus integrantes são previamente cadastrados pelo Movimento e devem comparecer às reuniões geralmente realizadas em salões de igrejas para conscientização de seus direitos e planejamento de suas ações.
Muitas vezes estas ações são impedidas por policiais uma vez que são ilegais. Mas contam com ajuda de advogados e profissionais do meio judicial, voluntários do Movimento. Após 24h de ocupação do prédio, o advogado (voluntário) encarregado do caso juntamente com mais um organizador vão até a delegacia para requererem a posse do prédio pelos desabrigados. A maioria das vezes com sucesso, a causa é vencida pelos, agora, ex-moradores de rua. A caixa econômica federal é a responsável por financiar os apartamentos em prestações a serem pagas em vinte anos e com baixo custo o que torna acessível a compra pelos então moradores.
A cada dia o Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto cresce e se torna mais visível. Apesar de suas ações serem de início, ilegais e um tanto perigosas, é a maneira que o Movimento encontrou de proporcionar aos moradores de rua da cidade de São Paulo uma melhor qualidade de vida.
Prometido por políticos e tampouco esquecido, o direito à moradia é assegurado a todo cidadão comum e ousadamente exigido pelo Movimento dos trabalhadores sem-teto criado com este fim.
Nenhum comentário:
Postar um comentário